Nova medida contra a violência à mulher

                                                              Por Thainã Deroci

Se o Dia Internacional da Mulher serve para lembrar nossas vitórias, também nos faz refletir sobre o número cada vez mais assustador de casos de violência contra as mulheres. Diariamente, mais de duas mil mulheres registram queixa no Brasil contra a violência de seus maridos, namorados e companheiros. Em mais da metade dos casos, elas sofrem tentativa de homicídio. Por trás dos números, histórias de medo e humilhação. Surge a notícia de uma nova proposta para combater e prevenir esses crimes. Nesta quinta-feira foi assinado, em Belo Horizonte, um acordo entre órgãos públicos que prevê a implantação do Programa de Monitoração Eletrônica a Agressores.

Essa medida permitirá à Justiça acompanhar o cumprimento das decisões das varas de família por meio da utilização de tornozeleiras eletrônicas 24 horas por dia. Nos casos mais graves, desde que concorde, a mulher poderá receber também um pequeno dispositivo avulso de monitoração eletrônica, que a avisará caso esteja fora de seu perímetro de proteção e detectará uma eventual aproximação do agressor. Neste caso, o equipamento emitirá sons de alerta para as duas partes e vibrará. Além disso, a central de monitoração entrará em contato com os envolvidos, para tentar inviabilizar qualquer tentativa de agressão.

Além de garantir a distância entre vítima e agressor na rua, os juízes receberão relatórios mensais para análise do comportamento de vítima e agressor e poderão utilizá-los para reavaliar as decisões.
A questão que fica agora é se realmente chegamos ao ponto, em que um monitoramento de 24h por dia é necessário para garantir que um homem não agrida a sua esposa, namorada ou companheira. 

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