Craque da crônica esportiva

No último domingo, dia 30 de março de 2008, antes do clássico entre Botafogo e Fluminense, uma grande homenagem foi feita no “maior do mundo”, a um dos profissionais mais importantes para o desenvolvimento do jornalismo esportivo no Brasil. Trata-se de Armando Nogueira, testemunha das últimas 15 Copas do Mundo, um verdadeiro craque das palavras, dono de um estilo original e elegante de escrever crônicas esportivas.

No acesso à tribuna de imprensa do Maracanã, a Suderj inaugurou o Espaço Armando Nogueira, uma justa homenagem ao jornalista, que por aquele caminho viveu as maiores emoções de seus 58 anos de vida no futebol. Ele diz que: “o seu maior prazer não vem de nenhum jogo, mas de subir até a tribuna de imprensa e ver o estádio lotado”.

Na cerimônia, Armando contou sobre o inicio da carreira, quando chegou à redação da revista “O Cruzeiro” e disse que não sabia fazer nada, então o chefe o mandou para o esporte. Ele também lembrou do preconceito que sofria o profissional que trabalhava no ramo do esporte: “Jornalista esportivo era a ralé, relegado ao plano da insignificância.

Mas por suas mãos, a crônica esportiva ganhou força, se desenvolveu por todo país. Seus textos são maravilhosos, sempre com um toque de poesia e algumas de suas frases são eternas, como a que descreve a habilidade de Garrincha: “Para Garrincha, a superfície de um lenço era um latifúndio”.

Armando Nogueira não está sozinho no Espaço que leva o seu nome, ao lado de sua foto há outras 72, o local também homenageia outros profissionais que marcaram as transmissões de jogos no Maracanã e ajudaram a engrandecer e perpetuar a mística do estádio. Entre eles estão jornalistas como Ari Barroso, Jorge Cury e João Saldanha.

Falei aqui da homenagem para esse genial poeta da crônica esportiva. Figura muito importante para que o jornalismo esportivo esteja com a grandeza de hoje. E que com suas palavras fez muitos gols de placa e encheu de emoção milhares de pessoas