Faltando pouco mais de três anos para o início da copa do mundo no Brasil, nos deparamos com uma série de problemas, como a falta de infra-estrutura, o atraso nas obras e o principal problema de todos: Qual será a utilidade de alguns estádios após o maior evento de futebol do planeta?

Cidades como Manaus, Cuiabá, Brasília e Natal não têm quase nenhuma tradição no cenário do futebol nacional, e mesmo assim serão sedes de jogos. Será que a lição que a África do Sul nos deixou, não nos serve de aprendizado? Onde muitos estádios estão sem nenhuma utilidade, e além do mais, há paisagens em que a modernidade se confronta com a miséria e a desigualdade social. A copa de 2014 é um direito mais do que justo do futebol brasileiro, que além de revelar em quantidade elevada grandes atletas do esporte bretão, também é o maior campeão de todos, mas não é por isso que devemos virar os olhos para a realidade, que apesar de sermos uma nação em franco crescimento, convivemos com indicadores sociais de país miserável e um número elevado de corrupção nos meios políticos.

O Brasil pode sim fazer um evento inesquecível, mas é uma pena que uma grande quantidade de dinheiro, em sua grande maioria público, está sendo gasta para construir estádios que sediarão 2 ou 3 partidas que quase sempre não tem a mínima importância para o resultado final do campeonato. Por isso, o legado da copa do mundo para algumas cidades brasileiras será quase nulo, pois todas as obras serão em função dos estádios e não para melhoria das deficiências das cidades-sede. Será muito interessante ver grandes jogadores do futebol mundial, como Messi, Rooney, Neymar, Paulo Henrique Ganso, Robben dentre outros, desfilando seu futebol pelos gramados nacionais, mas depois disso a conta de todo esse espetáculo ficará mais uma vez com o povo, que em sua grande maioria verá os jogos pela televisão, tão perto e ao mesmo tempo tão distante da realidade luxuosa dos grandes jogadores de futebol.

Por Ulisses Valentim

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