
Afinal, não existem raças. É uma maneira antiga e preconceituosa de diferenciar as pessoas pela quantidade de melanina que têm na pele. Mas será que é isso mesmo?
As cotas raciais surgiram no Brasil no ano de 2000, aprovadas por uma lei estadual que passou a ser aplicada em 2004 na Uerj e na Uenf, e, posteriormente na UnB, a primeira universidade federal a aderir o sistema.
Originalmente a Lei de Cotas, como é chamada, surgiu como uma ação afirmativa, assim sendo uma medida paliativa, temporária , cujo objetivo seria eliminar desigualdades historicamente acumuladas e compensar perdas provocadas pela discriminação e marginalização, decorrentes de motivos, principalmente, da raça.
No Brasil, há dois tipos principais de cotas: cotas sociais, que promovem a entrada de estudantes do ensino médio da rede pública nas universidades, bem como pessoas cuja renda é baixa, e cotas raciais.

Paremos para pensar. Hoje, no Brasil, não há um controle rígido do sistema de cotas raciais. Nem há um critério que determine estritamente as características a serem consideradas de quem é negro, indígena ou pardo. Entretanto, as cotas raciais foram consideradas pelo STF constitucionais, isso porque havendo ou não essa definição, há a questão da discriminação que, infelizmente, ainda está muito presente em nossa sociedade. Como mesmo disse a ministra Carmen Lúcia, as políticas compensatórias garantem a possibilidade de que todos se sintam iguais. Não são as melhores opções, porém, são uma necessidade e uma etapa pela qual a sociedade precisa passar para crescer. O objetivo é melhorar a educação em sua base, bem como a distribuição de renda e, quem sabe, eliminar a discriminação. Quando isso será possível, ninguém pode prever.
Assim, a real questão é: será que essa noção temporária não se tornará permanente?
Por Vitória Pratini
3 comentários:
Melhor do que o JN e o RJTV juntos, Parabéns!!!
As cotas raciais na Uerj são para pardos também ou só negros?
As cotas raciais na Uerj são para pardos também ou só negros?
Postar um comentário