Quem são os hipsters?


Sabe aquele seu amigo que todos consideram alternativo, que curte ouvir bandas que ainda nem estouraram por aqui, que tem um estilo de se vestir original e livre de preconceitos e um gosto peculiar por óculos de armação grossa? Talvez você não saiba, mas ele pode ser um hipster. O Estilo de Quinta de hoje vai te ajudar a destrinchar a esta subcultura que está invadindo as grandes metrópoles do planeta.

Inicialmente ligado a movimentos de contracultura norte-americanos, o termo “hipster” surgiu na década de 40, para identificar os jovens que circulavam pelos circuitos alternativos de jazz. Ele deriva da palavra “hip” que numa tradução para o português pode significar “inovador”.

Os hipsters do século XXI são considerados “geradores de tendências”, aqueles que, através de combinações inusitadas dão origens a novas expressões de comportamento e moda. Muita coisa que era considerada de gosto duvidoso, acabou virando gosto universal após ser sido usado por eles. Os hipsters montam seu estilo sem se preocupar com o que pode ser considerado brega ou cafona, mesclando roupas de grife com itens de brechó, revisitando décadas passadas, a cultura indie e evocando a pluralidade.

Talvez você nem saiba, mas foram eles os responsáveis pela popularização do uso de camisas xadrez, óculos estilo Elvis Costello e lenço keffieh.

Depois de tudo isso você ainda encontra dificuldades para identificar um hipster? Em primeiro lugar: duvide de quem se autodenomina como tal emulando um ou outro elemento da cultura hipster só para parecer descolado. Segundo: preste atenção em pessoas que adoram inventar moda, mas quando o que elas inventaram se torna “modinha”, elas abandonam o uso. Para os hipsters, a graça de um look está em sua originalidade. Terceiro: eles costumam ser pessoas atentas não apenas às novidades do mundo fashion, mas também são muito ligados às tendências da música, do cinema e da tecnologia.

Mas, é claro que não dá pra agradar todo mundo. Alguns dos exageros da contracultura vem sendo recebidos com ressalvas no mundo fashionista e não faltam na Internet sites dispostos a tirar sarro da tribo e de seus estereótipos. Ainda assim, é preciso ressaltar o espírito criativo dos hipsters, que celebram a liberdade, a despreocupação com o modo de pensar e a contestação do status quo vigente.


João Vitor Figueira.

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