Por Carolina Guimarães
Marco Antônio Feliciano é pastor da igreja Assembleia de Deus e deputado federal eleito pelo Partido Social Cristão. Em março deste ano, ele assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados do Brasil e de lá para cá, vem sendo alvo de muitas contestações devido às suas declarações racistas, homofóbicas e misóginas.
Marco Feliciano responde a um processo no Supremo Tribunal Federal por homofobia e estelionato, já que é acusado de ter recebido treze mil reais para a realização de um culto no Estado do Rio Grande do Sul, porém não compareceu ao evento. Há, inclusive, denúncias de desvio de dinheiro público para beneficiar sua igreja e empresas de sua propriedade. Aí aparece a questão: como um deputado federal que expressa nitidamente sua intolerância, principalmente, aos homossexuais e negros, pode presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias?
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou que Feliciano "não é adequado" para ocupar o cargo na Comissão. O atual presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, disse que "a Comissão dos Direitos Humanos não pode continuar neste impasse."
Marco Feliciano, durante um culto religioso, comentou sobre as manifestações contra ele dizendo que "pela primeira vez na história do Brasil, um pastor cheio do Espírito Santo conquistou o espaço que até ontem era dominado por Satanás." Suas declarações causaram controvérsias dentro da própria mesa-diretora da Comissão de Direitos Humanos, pois a deputada Antônia Lúcia, também evangélica e do mesmo partido de Feliciano, se sentiu ofendida por suas afirmações e ameaçou até a renunciar seu cargo de vice-presidente.
A sociedade, principalmente por meio das redes sociais, expressa sua indignação com o deputado Feliciano e suas polêmicas declarações. Protestos, sejam eles físicos ou virtuais, devem continuar existindo para evitar a injustiça, o descaso e o regresso do Brasil.
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