A espera está chegando ao fim. A tensão aumenta e a ansiedade também. Os fãs estão receosos e a pergunta que não quer calar é: O que faremos depois?
A saga do menino-que-sobreviveu será concluída este ano, em 15 de julho, com o lançamento do filme “Harry Potter e as Relíquias da Morte – parte 2”. Baseado no livro de mesmo nome, o filme narrará a batalha final entre Harry e Voldemort, e definirá o destino das personagens. Antes disso, porém, o herói tem a missão de destruir as horcruxes remanescentes, fragmentos de alma de seu inimigo. O longa será sombrio, melancólico, tocante e muito movimentado. Marcará o fim. O que virá depois é inesperado. Será épico? Para alguns, talvez. Para outros, somente mais um blockbuster que encerra suas atividades antes que a qualidade decaia.
Ainda assim, para aqueles que realmente acompanharam a evolução das personagens, do enredo em si e de todos os aspectos da produção cinematográfica, o final fará toda a diferença. Se os ânimos foram acalmados com o lançamento do DVD da primeira parte, a disponibilização do trailer oficial do longa na última quarta-feira, aumentou a expectativa dos fãs para o que está por vir, bem como o receio. Será que vai ser tudo aquilo o que imaginamos? De alguma forma nos decepcionaremos? O fim, tão esperado e tão temido, ainda nos fará compartilhar risos e lágrimas com amigos que fizemos por acaso, por conseqüência do destino, ou, melhor dizendo, pela influência da saga potteriana.
E pensar que em 1997 chegava às livrarias brasileiras o primeiro livro da série, tão mágico e inocente, mostrando personagens carismáticos e um mundo no qual todos nós gostaríamos de imergir. Como em um momento de nostalgia, diremos que na época tudo era mais simples, tínhamos mais tempo para ler e que o bruxinho nos ajudou em nossa formação pessoal. Verdade ou não, passados 14 anos e sete livros depois, as personagens cresceram, amadureceram e ganharam maiores responsabilidades. Bem como seus fãs, influenciados pela personalidade marcante de Harry, Ron, Hermione e tantos outros, conhecidos desde que Hogwarts foi vista pela primeira vez, nas páginas ou nas telonas.
O carisma e a afeição adquiridos entre expectadores e personagens, nos cinemas, pelo menos, não seria possível sem os atores que os interpretam – uns com mais maestria que outros, como os grandes Alan Rickman, Gary Oldman, Michael Gambon, o falecido sir. Richard Harris,entre outros; sem contar os jovens principais Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint que cresceram em frente às telas e certamente ficarão marcados pelos papéis dos bruxinhos. Não adianta mudar o cabelo, o figurino ou aparecer nu no teatro! Eles sempre serão os amados Harry, Ron e Hermione.
Após acompanhar os sete anos destes, os fissurados pela saga sentem um aperto no coração: como se desvencilhar de algo que os acompanhou por tanto tempo? Não haverá mais estréias, filas para enfrentar ou livros para ler. E agora?
Por Vitória Pratini
1 comentários:
Parabéns à articulista pelo belíssimo artigo.
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