ETCrítica: Filme "RIO"


O filme de animação “Rio”, recém-lançado, conta a história de Blu, uma arara-azul domesticada que mora em Minnesota, nos Estados Unidos, e volta às suas origens brasileiras ao descobrir que não é a última de sua espécie. Chegando ao Rio, acompanhado de sua dona, americana, que não está nada entusiasmada em visitar a cidade maravilhosa , Blu encontra contrabandistas de aves e a fêmea de sua espécie, Jade. Uma ararinha cuja personalidade não será facilmente “conquistada”.

Dirigido por Carlos Saldanha, brasileiro e também diretor da franquia “A Era do Gelo”, o filme retrata de forma verossímil as paisagens cariocas e os cartões-postais da cidade. Desde a praia de Copacabana, o Pão de Açúcar, até o carnaval, as partidas de futebol e as ruas movimentadas, “RIO” mostra tudo o que os cariocas são: entusiasmados, felizes, praieiros e com uma pitada de mau-humor matinal. Ainda que a retratação tenha sido feita de forma idealizada, como uma bela homenagem à cidade, já que o filme foi produzido por e para gringos e dirigido por alguém que saiu do Brasil há 20 anos, como fez Saldanha, o longa flui naturalmente. É uma ótima publicidade para o Brasil, além de explorar assuntos delicados, que incluem o contrabando de animais silves­tres, maus tratos e família.

A equipe de dublagens tanto na versão americana quanto na brasileira coroa a edição final, dando vida e personalidade aos humanos e às aves. Inclusive, as gírias cariocas sublinham o jeito malandro das personagens, bem como sua paixão pelo samba no pé – ou nas asas.

“RIO” é, também, uma produção bem musical, trazendo em sua trilha sonora a influência do mestre Sérgio Mendes, que apresenta melodias bem cariocas e que “esquentam a até 40 graus” como diz uma das músicas, deixando o expectador com uma imensa vontade de sair sambando por aí. O repertório traz uma mistura de inglês com português e inclui a tradicional “Mas que nada” de Jorge Ben Jor, algumas músicas de Carlinhos Brown e a presença de Will.I.Am como dublador e cantor.

Se você ainda não conhece a cidade maravilhosa, depois de assistir “RIO”, certamente vai querer fazê-lo.

Por Vitória Pratini

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