Com a entrada da modernidade e a explosão da globalização começamos a viver um mundo muito mais dinânico e com isso superficial, é quase inevitável. E em um mundo em que os filtros se alargam e a experiência se transforma em momentos imperceptíveis, o que em um mundo mais condensado estaria renegado a descrenças por cidadãos mais maduros hoje vêm a tona de maneira quase indubitável, e alienista. Entre esses becos vivem os pseudo intelectuais, celebridades criadas, entre outros esteriótipos socias. Nesse cenário meio desencorajador surge o valor da opinião, e junta com ela pra muitas dessas pessoas vêm a perda da auto censura.
A auto censura é um capacidade subvalorizada atualmente, ficar calado e não se expressar publicamente sobre algo que não se tem conhecimento é visto até como problema psicológico. Mas o que acontece quando alguém que teve um contato superficíal com vários assuntos se permite opinar? Não se pode generalizar, mas quase sempre besteira. Não é algo perigoso para os que escutam esses pensamentos, pois estes em tese deveriam refletir o que assistem, é mais perigoso para aqueles que a pronunciam, pois assumem muitas vezes "o saber do que se está falando" sem ao menos terem tido um contato original com a verdade e uma reflexão.
Deleuze, filósofo francês, já dizia sobre seu contato com um aspecto cultural que só se abria a ele quando ele ocupasse um espaço na sua vida e se tornasse útil de certa forma, representando assim um encontro entre ele e a coisa em si. Talvez falte isso aos aventureiros do conhecimento, se encontrar com algo mesmo de uma maneira não física antes de declarar frases prontas e visões artificiais queimando assim algo tão único como é a opinião. Hoje são muitos poetas e poucas poesias, muitos artistas e poucas artes, uma modernidade líquida.
Por Robert Limongi
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