Quadro Passando a Bola: A Problemática do Engenhão


No domingo passado, o Estádio Olímpico João Havelange conheceu o seu primeiro campeão carioca. Mesmo se tratando de uma final, o público no clássico entre Vasco e Flamengo não ultrapassou a faixa de 40 mil espectadores. Mas afinal, porque depois de tanto tempo, o Engenhão ainda não caiu nos braços do torcedor carioca?

Na época de sua inauguração, tudo parecia ser uma maravilha. Organização impecável, dizeres sobre ser o estádio mais moderno da américa latina, casa cheia para assistir o clássico vovô. Mas com o tempo as verdades vieram à tona. Os elogios foram sumindo, as críticas aumentando e o estádio se tornou um “elefante branco” não só para a Prefeitura do Rio de Janeiro, como principalmente para o Botafogo, vencedor do processo de licitação na época.

Dentre os vários problemas normalmente ditos pelos frequentadores podemos destacar a má localização do estádio, pois, o Engenho de Dentro, mesmo com toda disponibilidade de meios de transporte, não consegue suportar uma grande concentração de pessoas devido a suas ruas estreitas. A estruturação do estádio nos moldes europeus, que busca em seus espectadores o simples ato de assistir uma partida, deixando de lado a paixão em torcer pelo seu time, também é outro grande problema.

Com isso, o público baixo em seus jogos se tornou frequente, chegando a várias vezes menos de mil pagantes. É claro que o alto preço dos ingressos acaba afastando grande parte das pessoas, entretanto chega a ser impensável clássicos serem disputados com pouco mais de 10 mil pagantes.

No fim das contas, os torcedores dos quatro grandes clubes do rio não aguentam mais esperar o término das obras do querido e amado Maracanã. Enquanto isso, como muitos dizem, teremos que nos contentar com o Engenhão.


Gabriel Manes.

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