Sabe-se do uso de substâncias estimulantes desde as décadas de 50 e 60, quando eram utilizadas por atletas orientais e ficaram conhecidos em todo o mundo pelo fisiculturista Fred Ortiz, que apareceu com um volume de massa muito superior a de seus concorrentes. 2011 foi, mais uma vez, o destaque para esse tipo de uso na natação.
A menos de um mês do Mundial de Xangai, Cesar Cielo, campeão olímpico e mundial, foi pego no antidoping. Acusado de ingerir a substância proibida furosemida, geralmente encontrada em diuréticos, o brasileiro afirmou que foi um incidente isolado, porém, além dele, três outros nadadores também foram flagrados, Nicholas Santos, Vinícius Waked e Henrique Barbosa.
Cielo disse, ainda, ser um “atleta exemplar”, declarou não usar nenhum tipo de medicamento sem se certificar da segurança de sua utilização e justificou o doping por conta de um erro na manipulação de seu suplemento alimentar à base de cafeína.
A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos aceitou a explicação, levou em conta o "histórico dos atletas" e decidiu puni-los apenas com a perda dos resultados do Troféu Maria Lenk e uma advertência, concluindo que não houve aumento de desempenho.
A Federação Internacional de Natação (a Fina) contestou essa decisão e apelou ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), já que em outros casos similares a punição foi maior. Por exemplo, em dezembro de 2010, o nadador Michael Phelps foi suspenso por três meses após ter sido flagrado fumando maconha. Rebeca Gusmão em 2007 também foi afastada por doping e perdeu as quatro medalhas que ganhou nos Jogos Pan-americanos. A ginasta Daiane dos Santos e a nadadora Dayara de Paula também foram suspensas devido à mesma substância encontrada no exame de Cielo, furosemida. Por que, então, elas foram suspensas e Cesar Cielo não?
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