O Rio+20 que não queremos


Por Rayssa Dias

Com a ambição de formular um plano para que humanidade se desenvolva de modo sustentável, o Rio +20 terminou deixando apenas um texto considerado insosso e nenhuma decisão concreta tomada.



No final da semana passada, os 188 países participantes da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, adotaram oficialmente o documento intitulado "O futuro que queremos", que tinha o objetivo de determinar metas a serem alcançadas. O resultado, no entanto, foi bem diferente, já que o texto se deteve a propor planos para que essas metas sejam definidas.



Na tentativa de agradar a gregos e troianos, o texto final acabou saindo bem pouco ambicioso, sem nenhuma especificação de quanto e quem deve investir para a implantação de ações de sustentabilidade. E por isso, antes mesmo da ratificação pelos chefes de estados, membros da sociedade civil assinaram uma carta endereçada aos governantes intitulada “A Rio+20 que não queremos” na qual escreveram: “O documento intitulado 'O futuro que queremos' é fraco e está muito aquém do espírito e dos avanços conquistados nestes últimos 20 anos, desde a Rio 92. Está muito aquém, ainda, da importância e da urgência dos temas abordados, pois simplesmente lançar uma frágil e genérica agenda de futuras negociações não assegura resultados concretos”, e demonstraram assim, a insatisfação e a decepção geral, de uma sociedade que esperou e acreditou na rio +20 como um marco na luta por mudanças e se deparou com promessas  em um futuro incerto.

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